Na borda…
Por: Marcus Marinho, Mohit Gheyi, Pedro Fernandes e Jemerson Damásio
(17 nov 2021)
No artigo sobre o VIRTUS e a Indústria 4.0, alguns pilares da Indústria 4.0 foram destacados, que a depender da motivação estratégica das empresas e por meio da incorporação de equipamentos, processos, e meios tecnológicos avançados, podem proporcionar uma maior geração de valor para os usuários finais. Dentre esses, podemos listar:
- Manufatura Aditiva e Híbrida;
- Simulação Virtual e Realidade Aumentada;
- Computação na Nuvem;
- Integração horizontal e vertical de sistemas;
- Segurança cibernética;
- Robôs Inteligentes;
- Big Data Analytics e Inteligência Artificial;
- Internet das coisas.
Dando ênfase em particular à Internet das Coisas (IoT) (Oracle – O que é IoT?), percebe-se um crescimento exponencial no volume de dados coletados por bilhões de dispositivos IoT. Este fato traz uma mudança de paradigma no envio de dados para processamento, análise e armazenamento na nuvem, gerando a necessidade de um modelo distribuído em que parte da computação ocorre na borda da rede, em outras palavras, mais próximo de onde os dados são criados.
A necessidade de processar dados na borda da rede e em tempo real pode ser percebida principalmente em situações em que a transmissão de dados a um datacenter para processamento implica em níveis inaceitáveis e/ou intangíveis de latência. Além disso, a computação de borda (RedHat – O que é edge computing?) pode impactar positivamente em serviços mais rápidos e estáveis a custos reduzidos. Na prática, proporciona-se uma melhor Qualidade de Experiência (QoE) para os usuários.
Aplicações de Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR), Big Data Analytics e Inteligência Artificial (IA) estão sendo beneficiadas com a computação de borda, uma vez que o processamento das informações que alimentam os modelos de Machine Learning e IA e o processamento de vídeo necessários para as aplicações de VR e AR acontecerão em velocidades muito mais rápidas comparadas às soluções de nuvem disponíveis.
Computação de Borda e o 5G
Para lidar com um volume expressivo de envio de dados, destaca-se a importância de uma rede de comunicação estável, barata, com grande cobertura, confiável e com baixa latência. Essas características elegem o 5G como uma solução para essa gama de mudanças mencionadas. No artigo 5G e a Inovação Nacional, foram descritas as mudanças de paradigmas provocadas pela quinta geração de comunicação móvel.
Recentemente, tem-se ouvido falar do leilão do 5G, onde foram submetidas propostas de 15 empresas interessadas em participar do leilão para avaliação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A perspectiva é que em 2022 todas as capitais estejam conectadas e que tenhamos uma ampla cobertura da rede 5G para todo o território nacional até o ano de 2028. Com isso, haverá um impacto de cerca de R$ 6,5 trilhões de crescimento do PIB do Brasil (Ministério das Comunicações – 5G). Mas qual a relação entre o 5G e a Computação de Borda?
Dada a necessidade de disponibilização de serviços cada vez mais flexíveis, uma prática adotada pelas empresas de telecomunicações é a Virtualização de Funções de Rede (NFV), onde utiliza-se máquinas virtuais em um hardware padrão na borda da rede, geralmente nas estações rádio base, substituindo equipamentos proprietários de alto custo. A partir da adoção do processamento na borda da rede, os provedores conseguem proporcionar um funcionamento do software de modo consistente, uniformizando padrões de segurança em dezenas de milhares de servidores de borda distribuídos.
VIRTUS e a Computação de Borda
Buscando sempre contribuir com o desenvolvimento tecnológico, o VIRTUS atualmente tem desenvolvido projetos com a finalidade de explorar aplicações e tecnologias associadas à Computação de Borda. Projetos dessa natureza exigem boa infraestrutura de equipamentos modernos e isso é possível por meio da implementação do primeiro laboratório de 5G do Nordeste.
O desenvolvimento de soluções inovadoras e atreladas à Computação de Borda e Redes 5G representa uma mudança da forma como as empresas enxergam seus dados e meios de produção, e promove maior nível de competitividade. O VIRTUS entende as dificuldades associadas a isso, e é capaz de nortear e desenvolver projetos com os parceiros que almejam melhores resultados possíveis nas mais variadas tecnologias.
Vamos juntos construir não só um futuro, mas também um presente cada vez mais conectado.